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A guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China deve causar impactos diretos no comércio global de containers. É o que aponta a Maersk em seu último relatório financeiro: mesmo com um aumento de 17% nos ganhos EBITDA no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, a gigante dinamarquesa acendeu um sinal amarelo para o comércio global - do qual ela própria é um termômetro importantíssimo.
As restrições comerciais impostas pelo governo americano aos produtos chineses podem ter reflexos nítidos. "Por enquanto, empresas importadoras americanas estão desviando suas importações da China para outros países, como Vietnam, Coreia, Tailândia, Índia e México", informa a Maersk em seu relatório.
"O impacto do aumento das tarifas deve ser significativo para o comércio bilateral entre EUA e China e, sozinho, pode reduzir em 0,5% a demanda global do transporte containerizado em 2019", avisa a empresa, adicionando que a redução pode chegar a 1% em 2020 se realmente houver a prometida e elevada taxação de USD 300 bilhões por parte do governo americano contra os produtos chineses.
"Até agora, as tensões comerciais foram bem contornáveis para nós", disse Søren Skou, CEO da Maersk, à Bloomberg. "Mas nós também acompanhamos as notícias e sabemos que há um bom tanto de incertezas", afirmou.
Fontes: Markets Insider, Bloomberg, Seatrade Maritime
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